segunda-feira, 23 de maio de 2011

SEJA UM IDIOTA



A idiotice é vital para a felicidade.Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!... 
 
 
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. 
 
 
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios... Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos..."

Arnaldo Jabor

domingo, 22 de maio de 2011

Crack avança na classe média e entra na agenda política

Devastador como nenhuma outra droga no Brasil, ele se espalha pelo país e demanda ações mais contundentes das autoridades


A tragédia do crack não é nova para o Brasil. Há anos, o país convive com o drama de violência e morte. Novo e oportuno, contudo, é o fato de a elite política do país, enfim, reconhecer a emergência do problema. No último dia 31, em seu primeiro discurso como presidente eleita, Dilma Rousseff disse que o governo não deveria descansar enquanto "reinar o crack e as cracolândias". Poderia ter falado genericamente "drogas", mas referiu-se especificamente ao "crack". Não foi à toa. Estima-se que no mínimo 600.000 pessoas sejam dependentes da droga no país - variante devastadora da cocaína que, como nenhuma outra, mata 30% de seus usuários no prazo máximo de cinco anos.
A praga do crack nasceu e grassou entre os miseráveis, a tal ponto que "cracolândia" virou sinônimo de "local onde pobres consomem sua droga". É mais do que tempo de rever esse conceito. Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgada em 2009 constatou que o crack avança rapidamente entre os mais abastados: o crescimento entre pessoas com renda superior a vinte salários mínimos foi de 139,5%. Além dos números, os dramas pessoais confirmam que a química do crack corrói toda a sociedade. Nas clínicas particulares, que custam aos viciados que tentam se livrar da cruz alucinógena milhares de reais ao mês, multiplicam-se universitários, empresários, professores, militares. Todos estão reunidos pelo mesmo mal e almejam idêntico objetivo: tirar a pedra do meio do caminho de suas vidas.



O crack se espraia pelas classes sociais e pelas paragens brasileiras. "Antes, São Paulo era o reduto. Falava-se do assunto como um fenômeno paulistano. Agora, ele chega com força em outras cidades e estados", diz Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Embora não haja números precisos sobre consumo, os dados sobre apreensão da droga permitem concluir que cada vez mais gente é ferida pela pedra. Segundo dados da Polícia Federal, em 2009, foram apreendidos 513 quilos da droga - volume 43 vezes superior ao registrado no início da década.
Embora tardias, duas pesquisas em andamento na esfera do governo federal explicitam a preocupação das autoridades com a questão. Uma, a cargo do Ministério da Saúde, vai traçar o perfil do usuário de crack. Outra, nas mãos da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), pretende determinar padrões de consumo, barreiras para o tratamento e histórico social e médico de 22.000 usuários - que farão testes de HIV, hepatites (B e C) e tuberculose. Paulina Duarte, secretária adjunta da Senad e responsável técnica pelo estudo, acredita que será a maior pesquisa já realizada no mundo sobre o crack. "Um estudo dessa magnitude vai produzir um banco de dados gigantesco", diz.
O levantamento pode ser um esforço hercúleo, mas não escapa das críticas dos especialistas. Ronaldo Laranjeira, psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria, diz que o governo deveria substituir pesquisas por ações. "Há doze anos, a comunidade científica aponta que o crack é uma droga diferente. Para que gastar dinheiro com um grande levantamento quando o que precisamos é de ação e de propostas?", questiona. O governo contra-ataca. Lembra que, em maio, lançou o Plano Integrado para Enfrentamento do Crack e outras drogas, com investimento estimado em 410 milhões de reais em pesquisa, prevenção, combate e tratamento.
Droga nefasta - "Comparado a outras drogas, o crack é sem dúvida a mais nefasta, porque produz rapidamente a dependência: sob a compulsão pela substância, o usuário desenvolve comportamentos de risco, que podem chegar à atividade criminosa e à prostituição", diz Solange Nappo, da Unifesp. Pablo Roig, psiquiatra e dono de uma clínica de tratamento de dependentes químicos, acrescenta que a dependência chega a tal ponto que "o usuário perde a capacidade de decidir se usará ou não a droga".
A mancha do crack se espalha entre usuários de drogas devido a uma combinação de acesso econômico e potência química. Jairo Werner, psiquiatra da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, chama a atenção para a relação "custo-efeito" da droga. "A relação entre preço e efeito faz do crack uma droga muito popular, de fácil acesso", diz. Ele explica ainda que os traficantes desenvolveram uma verdadeira estratégia para ampliar o mercado da droga: a "venda casada", de maconha mais crack. "No primeiro momento, a maconha dá um relaxamento e o efeito do crack é mitigado. Depois, o usuário resolve experimentar o crack puro e sente um efeito muito mais poderoso."
Começam, então, as mudanças de comportamento. Além de graves consequências para a saúde, a droga provoca no dependente atitudes violentas. "Ele fica alterado, inquieto, irritado e, em geral, passa a se envolver com a criminalidade como nenhum outro usuário de drogas", diz Laranjeira, da Associação Brasileira de Psiquiatria. "A única prioridade é a droga: a saúde, a família, o trabalho e os amigos ficam de lado. É uma mudança total no esquema de vida e estrutura de valores", acrescenta Roig.
Estimativas americanas apontam que, a cada dólar gasto no combate às drogas, a sociedade economiza até sete dólares em despesas com hospitais, segurança pública e acidentes de carros, entre outros. No caso devastador do crack, fica evidente que a cruzada antidroga pode economizar ainda mais vidas.


DIGA NÃO AO BULLYING!



O Bullying é um assunto bem comentado ultimamente.Na maioria das vezes, ocorre na escola ou na internet, nesse caso é o Cyber Bullying. O blog Absolute Luxury é totalmente contra qualquer bullying praticado e viemos aqui para fazer uma campanha contra ele!

  • O que é o Bullying?
São agressões que acontecem muitas vezes e com frequência, ao longo de meses e até anos.É muito injusto, pois normalmente são várias pessoas contra uma.

  • O que é Cyber Bullying?
É o Bullying feito na internet. No caso, o agressor acha que tem mais força porque pode ''zuar'' uma pessoa sem ela saber. É horrível, pois quem é agredido normalmente não sabe quem está falando e porque está falando.

  • Quais são as formas de Bullying?
São duas formas de praticar bullying. A forma direta é mais praticada pelos meninos (mas as meninas também praticam). Acontece que o agressor bate,xinga,agride e etc. na frente da pessoa, humilhando e constrangindo-a na frente de todo mundo.
A forma indireta é mais praticada pelas meninas (mas os meninos também praticam). Essa forma acontece de maneira que o agredido não esteja por perto. O agressor fala mal da pessoa, a crítica, conta mentiras e até pede que parem de comunicar-se com o agredido.

  • Qual o motivo do Bullying?
Os motivos são variados, mas normalmente acontece porque a pessoa não está no ''padrão normal'' para o agressor; ela tem alguma coisa que a faça diferente.

  • Como eu posso denunciar o Bullying?
É muito simples, você pode denunciar contando aos seus pais, ao diretor do colégio ou, caso as opções acima não funcione, também tem como fazer uma denúncia de crime injúria e dano moral.

Vários famosos sofreram bullying e estão na campanha contra ele também.
David Beckham, Jessica Alba, Justin Bieber, Julianne Moore e etc são exemplos de que o bullying pode acontecer com qualquer um.

Vejam agora depoimentos de garotas que já passaram ou passam até hoje por isso:

''Eu nunca fiz nada para ninguém,mas as pessoas me odeiam desde a minha 1ª série. Elas me ameaçam, me mandam calar a boca e falam mal de mim pros meus amigos. Um garoto falou que me odeia porque eu sou inteligente demais. Não suporto mais as pessoas fazendo isso comigo! Minha mãe acha que é bobeira de colégio,mas eu estou sofrendo…''
Por M.A. , 15 anos de idade.

''Desde de quando eu entrei na escola, sempre houve comentários e brincadeirinhas. Depois de muito tempo percebi que sofria de bullying. Hoje, por onde eu passo, as pessoas comentam. Pra piorar, sou BV com 17 anos. Por conta desses comentários, não fico com ninguém. Eu não sei como beijar. Minha familia não sabe e não desconfia de nada! O que eu faço!''

Por B.B, 17 anos de idade.

''Desda primeira série que eu sou excluída e não tenho amigos e nem namorado.As pessoas começaram a me chamar de gorda,orelha de abano,elefanta,entre outros. Eu sofro muito e contei aos meus pais e ao diretor do colégio, mas só piorou porque eles me zuaram ainda mais, me chamando de bebêzinha. Já fui a várias seções de psicólogo e isso fez com que eu me soltasse um pouco, mas não me ajudou muito. Hoje eu tenho uma amiga de verdade e sei quanto faz a diferença, ter uma pessoa que me apoie e me ajude. Espero conseguir mais amigos e mostrar pra todos que apesar de diferente na aparência, seu igual a todos eles!''
Por B.M., 14 anos de idade.

Agora um depoimento que me comeveu muito, mostrando que quando se quer e tem apoio, é capaz de vencer e ajudar os outros:
''Sofri bullying por 6 anos seguidos. Um dia me vi parada no chão do banheiro do colégio, com a boca sangrando e percebi o quanto estava me afundando por causa de pessoas que não me queriam bem. Saí dali decidida a mudar a situação. Cheguei em casa e contei tudo aos meus pais, e eles foram procurar a diretora comigo. Comecei a frequentar um psicólogo e ele me ajudou com a timidez. Eu não queria que as pessoas me vissem como uma garota esquisita, então quando uma menina grande veio me enfrentar, eu olhei nos olhos dela e perguntei se não tinha vergonha de ser o que não era. Ela não era tudo aquilo, e que não passava de um disfarce, para que as pessoas gostassem dela e ela fosse a popular da sala. Levantei-me da mesa e falei que a partir daquele momento não era mais a garota que só apanhava, mas sim, a garota que resolveu tomar uma atitude sem agressividade. Ela me olhava horrorizada, como eu pude humilha-la dessa maneira. Do nada, todas as pessoas que sofriam bullying igual a mim, levantaram e começaram a me ajudar, mas não a agredi-la, mas sim a dar as mãos e fazer uma corrente. Foi o dia mais bonito da minha vida e o que eu nunca irei esquecer! Esse acontecimento me fez perceber que qualquer um pode fazer o que precisar para si mesmo, só precisa achar sua força interior.''
Por I.K., 16 anos de idade


A ADOLESCÊNCIA E O ÁLCOOL

A adolescência é um período em que ocorrem rápidas alterações físicas, psicológicas, sócio-culturais (DiClemente, Hansen & Ponton, 1996), fortemente caracterizado pelo esforço e experimentação.
Mais do que uma mera fase de transição, a adolescência, que dura aproximadamente uma década, abrangendo o período que vai dos 11 aos 20 anos (Gallahue, 1989, citado por Papalia & Olds, 2000) é um ciclo importante da vida, pois ocorrem modificações psico-sociológicas, que se prolongam por vários anos (Palácios, 1995, citado por Papalia & Olds, 2000).

Entre as mudanças biológicas, destaca-se um rápido crescimento em altura e peso, salientando-se as mudanças na proporção e forma do corpo. De acordo com Papalia e Olds (2000), estas mudanças físicas dramáticas são parte de um complexo processo de maturação, que se inicia antes mesmo do nascimento, com as suas ramificações psicológicas, continuando até a idade adulta.
Identicamente, as modificações hormonais, características desta faixa etária, estimuladas fisiologicamente em função da activação das hormonas da hipófise, começam a desenvolver as características sexuais primárias e secundárias, provocando uma modificação irreversível, demarcando a perda do corpo infantil (Papalia & Olds, 2000).
Estas alterações hormonais actuam no sistema emocional e provocam inesperadas explosões ou desânimo. Como as hormonas estão associadas a “agressões” e a “depressões” (Papalia & Olds, 2000), são também responsáveis pela maior emotividade e episódios de mau humor na adolescência.
Vão também surgindo problemas emocionais relacionados com a insatisfação em relação à sua aparência, em função da imagem existente, em relação aos atributos de beleza socialmente desejados e que são veiculados culturalmente (Papalia & Olds, 2000).
O processo básico de desenvolvimento do adolescente envolve modificar relações entre o indivíduo e os múltiplos níveis do contexto em que o jovem se encontra. Variações na existência e no ritmo dessas relações promovem uma grande diversidade na adolescência e podem constituir factores de risco ou factores protectores através deste período de vida (Lerner, 1998; Matos, 1997).
A multiplicidade de contextos sociais e interpessoais em que o adolescente se move representa desafios adicionais e possibilidades acrescidas destes virem a desenvolver problemas de ajustamento, com consequências negativas na sua saúde (Matos, 1997).
Embora a adolescência seja a fase do apogeu da saúde, muitos hábitos negativos e prejudiciais são estabelecidos nesta fase, podendo permanecer ao longo da vida (Figueira Junior, Ferreira, Araújo, et al., 2000). Muitas das consequências adversas da saúde experienciadas pelos adolescentes são, dentro de um grande âmbito, o resultado de comportamentos de risco, sendo a maioria das actuais ameaças consequência de factores sociais, ambientais e comportamentais.

Consumo de álcool na adolescência

Segundo Santos (1999, citado por Cabral, 2004) a maior probabilidade de os jovens consumirem drogas ilícitas e/ou lícitas (álcool) acontece mais na transição entre a adolescência e a idade adulta. O mesmo autor considera que os jovens são um grupo de bebedores vulneráveis, porque muitas das vezes encontram “refúgio” na bebida para lidar com problemas de integração nos diversos grupos a que pertencem, ou com problemas familiares, escolares, emprego, etc.
Para Cabral (2004), o adolescente encontra-se num processo de desenvolvimento biopsicosocial, podendo o consumo de álcool afectá-lo profundamente, com repercussões para toda a vida, pois, segundo a autora, o álcool é considerado uma droga do tipo depressora, diminuindo a actividade cerebral.
Os seus efeitos nocivos influenciam as capacidades de aprendizagem, podendo mesmo haver perda das capacidades cognitivas, sendo também responsável pela maioria das causas de morte na adolescência: traumatismos, suicídios e homicídios, onde o álcool está muitas vezes presente (Antunes, citado por Cabral, 1998).
Borges (1993, citado por Cabral, 2004) alerta para o impacto do consumo de álcool no desenvolvimento cognitivo e psicossocial dos adolescentes, referindo que este contribui, acentuadamente, para as perturbações psiquiátricas e comprometimentos a nível da saúde mental. Trindade e Correia (1999) consideram que a ingestão de álcool pode ter repercussões directas a curto, médio e longo prazo. Por conseguinte, a probabilidade da existência de comportamentos desviantes nos adolescentes é maior nos que bebem, interferindo ainda com as fases normais do processo de desenvolvimento em curso.
Ao longo do tempo vários são os estudos sobre o consumo de álcool na adolescência. A maioria dos indivíduos tem o seu primeiro contacto com o álcool na adolescência, por volta dos quinze anos de idade e o pico de consumo ocorre normalmente aos 35 anos (Cabral, 2004). A este propósito, Matos e Carvalhosa (2003), salientam que o primeiro contacto com o tabaco, com o álcool e a primeira embriaguez acontecem, em geral, na adolescência (entre os 12 e os 17 anos). Negreiros (1996) concorda, pois num estudo efectuado pelo autor no concelho de Matosinhos, 13,1 anos é a média de idade encontrada para a iniciação ao uso de álcool, embora alguns inquiridos tenham referido o primeiro contacto com idade igual ou inferior a 11 anos. Em relação às diferenças entre os sexos, estas não são significativas, sendo, curiosamente igual a média de idade de iniciação.
Considerando os estudos apresentados, somos levados a inferir que alguns dos motivos que levam os adolescentes à ingestão de bebidas alcoólicas são a curiosidade, a imitação, a sugestibilidade, a aceitação social/cultural desse consumo e também o incentivo por parte do grupo.
Por outro lado, os factores de risco, como a baixa auto-estima, a pressão do grupo, o insucesso escolar; a precariedade económica do agregado familiar, com carências de habitação e emprego estáveis; famílias desagregadas ou em ruptura, com marcadas dificuldades de comunicação, ausência de regras e historial de consumo de álcool, funcionam como catalisador do consumo por parte dos adolescentes.
Todos os estudos sobre esta temática sustentam a utilidade de programas de intervenção, que potenciem os factores protectores como: boa auto-estima, crenças de auto-eficácia, capacidade de resolução de problemas, competências de relacionamento interpessoal e expectativas de sucesso realistas; famílias com intimidade, envolvimento afectivo, padrões de comunicação claros e fronteiras nítidas, famílias sem história de consumo de tóxicos- preparando os adolescentes para os contextos onde estão inseridos, treinando competências para resistirem às influências.
Deste modo, qualquer programa de prevenção deve passar por informar, orientar e capacitar os adolescentes acerca de estratégias protectoras, por promover atitudes saudáveis, em idades mais precoces, a fim de evitarem ter que modificar posturas prejudiciais mais tarde. Esta dever-se-á fazer de forma integrada, o mais precocemente possível e com a adopção de métodos activos.
Consideramos que é necessário actuar antes que os problemas apareçam e se convertam em estilos de vida prejudiciais à saúde e ao pleno desenvolvimento dos jovens. Deste modo, torna-se necessário realizar uma prevenção educativa e continuada em meio escolar e social, envolvendo toda a comunidade educativa, ou seja, parceiros sociais, pais e encarregados de educação, alunos, professores e funcionários.

Ana Paula Lima

A indisciplina nas escolas

Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar


Especialistas em educação reunidos na cidade espanhola de Valência defenderam que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores. 
Os participantes no encontro 'Família e Escola: um espaço de convivência', dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.



'As crianças não encontram em casa a figura de autoridade', que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.

'As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa', sublinhou.

Para Savater, os pais continuam 'a não querer assumir qualquer autoridade', preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos 'seja alegre' e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores.

No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, 'são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os', acusa…

'O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar', sublinha.

Há professores que são 'vítimas nas mãos dos alunos'.



Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que 'ao pagar uma escola' deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão 'psicologicamente esgotados' e que se transformam 'em autênticas vítimas nas mãos dos alunos'.

A liberdade, afirma, 'exige uma componente de disciplina' que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade.

'A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara', afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, 'uma oportunidade e um privilégio'.

'Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina', frisa Fernando Savater.

Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que 'têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos'.

'Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia', afirmou.



Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que 'mais vale dar uma palmada, no momento certo' do que permitir as situações que depois se criam.

Como alternativa à palmada, o filósofo recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.

Drogas estimulantes!

 


O que são Drogas Estimulantes?
Estimulantes - produzem aumento da actividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos activados. Exemplos: cocaína, ecstasy, crack, anfetaminas,


Bullying... Conseqüências civis e penais




INTRODUÇÃO

É notório que o nosso país possui elevado número de violência em todos os aspectos, violências físicas, verbais, sexuais e psicológicas. Todas elas causam muitas perturbações, angústias, medo e sofrimento às vítimas, como também, causam indignação nas pessoas ao se depararem com tais situações.
Um termo inglês conhecido por bullying vem chamando a atenção de muitos pais, professores, diretores, autoridades e da sociedade em geral. O bullying é na maioria das vezes praticado por jovens alunos que agem com a intenção de intimidar, humilhar, agredir colegas. Geralmente tem origem nas escolas e causam muito sofrimento à suas vítimas.
Há quem diga que são brincadeiras que fazem parte da idade, mas devemos perceber e dar a atenção devida para determinadas situações, pois alguns tipos de agressões podem causam grandes estragos psicológicos na vítima.

O TERMO BULLYING

O Bullying é uma palavra de origem inglesa, que foi adotada em vários países, para conceituar alguns comportamentos agressivos e anti-sociais. Como não existe uma palavra na língua portuguesa que seja capaz de expressar todas as situações do bullyng, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA) identificou diversas ações que caracterizam a prática do bullying, que são elas: colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, roubar e quebrar pertences.
Trata-se de determinadas atitudes agressivas que são feitas repetidamente e que, geralmente, são produzidas por jovens que estudam juntos. É um comportamento cruel em que o mais forte intimida o mais frágil com a intenção de maltratá-lo e envergonhá-lo na frente dos colegas. Essa situação gera constrangimento, angústia e sofrimento a vítima.
O bullying, conforme preleciona Lélio Braga Calhau consiste em um assédio moral, são atos de desprezar, denegrir, violentar, agredir, destruir a estrutura psíquica de outra pessoa sem motivação alguma e de forma repetida.
Existem três agentes envolvidos na prática do bullying, são eles: o agressor, a vítima e os espectadores.
Os bullies, como são chamados os agressores que praticam o bullying, possuem grande necessidade de aparecer, querem ser vistos como líderes e utilizam de força física para intimidar os colegas mais tímidos, passivos, que não reagem diante das agressões físicas e verbais. As vítimas muitas vezes possuem baixa auto-estima, baixo rendimento escolar e dificuldade de socialização. As agressões agravam ainda mais esses problemas e podem causar danos irreversíveis à vítima, podendo ter reflexo inclusive na vida adulta. Por isso, é necessário que essas agressões sejam reprimidas o mais rápido possível dentro das escolas, para que não gere conseqüências tão graves aos alvos e, também, para que os agressores mudem de atitude para se tornarem adultos civilizados e conscientes de que diferenças existem e devem ser respeitadas por todos.

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL

Inúmeras denúncias referentes às agressões praticadas por alunos, ocorridas em escolas, chegam com freqüência às Varas da Infância e da Adolescência. Há o total desrespeito ao ser humano. As diferenças existentes entre os colegas passam a ser pretexto para intimidar, humilhar e agredir o outro. Esses atos ferem o fundamento garantido pela nossa Constituição Federal, fere a garantia de vida digna a todos. Não há como se ver dignidade quando o dia-a-dia escolar de jovens se resume a serem agredido por colegas, que deveriam estar num ambiente propício à aprendizagem. De acordo com o art. 15 do ECA, a criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
O indivíduo que pratica o bullying deve ser identificado e responsabilizado, pois bullying se trata de um crime, que como todos os outros crimes deve ser combatido. De acordo com o art. 227 da Constituição Federal do Brasil: é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Para haver a responsabilização do bullie, o primeiro passo é a sua identificação para verificar se ele já é maior de 18 anos. Se for menor, caberá medida sócio-educativa, se for maior, haverá a aplicação do Código Penal.
Vale ressaltar que os menores de dezesseis anos, apesar de inimputáveis, também podem ser responsabilizados com medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança do Adolescente.
As medidas socio-educativas que podem ser adotadas são: obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime de semiliberdade, internação em estabelecimento educacional; encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; orientação, apoio e acompanhamento temporário; matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental; inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente.
A prática do bullying geralmente tem maior incidência nas escolas, entretanto, também há casos em universidades, praticados por pessoas maiores de idade. Nas universidades os famosos ''trotes'' praticados com violência também estão sendo caracterizados como bullying, pois os veteranos tratam de forma agressiva os calouros, muitas vezes até torturando, provocando lesões, entre outras agressões.
Quando o agressor for maior de dezoito anos haverá a aplicação do Código Penal, pois essa prática incide em crimes previstos no nosso Código como: a ofensa à integridade física (art. 129); injúria (art. 140); calúnia (art 138); difamação (art. 139); ameaça (art. 147), entre outros.
Além da possibilidade de punição do agressor no âmbito penal, também há a possibilidade no âmbito civil. De acordo com o art. 186 do Código Civil Brasileiro, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. O Art. 927 do Código Civil estabelece que, aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
As instituições devem reprimir tais atos, pois tanto as escolas como as universidades podem responder solidariamente com os agressores no âmbito civil. Deve haver a identificação do agressor e a instituição de ensino deve ter ciência dos fatos, ficando assim responsável de tomar as medidas necessárias para sanar o problema. Se a instituição de ensino ficar omissa diante do problema ou negar a sua existência, a instituição também será responsabilizada e terá que reparar o dano juntamente com o agressor. Se a instituição de ensino for particular, a vítima pode fundamentar o pedido de reparação com base no Código de Defesa do Consumidor, pois de acordo com o art, 6º do CDC, são direitos básicos do consumidor: a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.
Caso a instituição tome providências, dando ciência aos responsáveis do agressor, informando a situação e buscando soluções para o problema, e se mesmo assim, ainda persistir a prática do bullying, a responsabilidade indenizatória será do responsável legal do agressor, pois de acordo com os art. 932, I do Código Civil, são responsáveis pela reparação civil: os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia. Como também, o art. 933 do Código Civil estabelece que, as pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo 932, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Se a vítima de bullying for aluno de escola da rede pública, não haverá, logicamente, a possibilidade se fundamentação com base no Código de Defesa do Consumidor, mas se houver a omissão por parte da escola da rede pública, a indenização caberá ao estado.
A responsabilidade de indenização por parte da instituição de ensino, seja pública ou particular, interromperá quando houver a busca de soluções para o problema e quando os responsáveis legais do agressor forem avisados.

CONCLUSÃO

O bullying é um exemplo dos inúmeros tipos de violência existentes na nossa sociedade, e essa prática causa, a cada dia, mais preocupação, pois como são ações praticadas reiteradamente, se não forem detectadas e solucionadas logo, podem causar sérios danos às vítimas e ter reflexos inclusive na fase adulta. É uma violência angustiante, pois as vítimas passam por situações constrangedoras, quase que diariamente, pois normalmente a prática do bullying ocorre em escolas ou universidades. Cabe a todos da sociedade combater, denunciando aos pais, aos professores, diretores, denunciando a qualquer responsável pelo agressor ou pela vítima, pois dessa forma haverá a ciência e conseqüentemente a busca por uma solução. O agressor poderá responder penalmente pelas agressões feitas à vítima. Se for maior de dezoito anos, haverá a aplicação do Código Penal. Se o agressor dor menor de dezoito anos, caberá medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Também haverá a possibilidade de responsabilidade civil por parte do agressor. Se for menor de idade, os pais responderão pelos atos praticados pelo menor. A instituição de ensino também poderá responder solidariamente, caso fique omissa diante do problema. O que se espera é respeito por parte dos jovens, que respeitem as diferenças, que todos se desenvolvam num ambiente saudável, e que essa prática seja reprimida cada vez mais, pois esse tipo de violência pode causar sérios problemas às vítimas.

BIBLIOGRAFIA

ABRAPIA. Bullying. Disponível em:
http://www.bullying.com.br. Acesso em setembro/2010.




Fonte: http://www.webartigos.com/articles/49129/1/Bullying--Consequencias-civis-e-penais/pagina1.html#ixzz0HPZU7Ik5.

O que são drogas?

Drogas são substâncias químicas que produzem alterações dos sentidos. "Droga", no seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. Contudo, há um uso corrente mais restritivo do termo, remetendo a qualquer produto alucinógenico que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool, etc.) de uso excessivo, sendo um sinónimo assim para entorpecentes.

4ª FORMATURA PROERD 2011.1 - 09/06/2011

NOSSA FORMATURA

No dia 07/06/11, às 8:30, na Escola Estadual Professor Noemia Rego, acontecerá a formatura dos alunos das 5ª série matutino da escola, onde os mesmos passaram pelo curso PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas) promovido pela Polícia Militar do Estado da bahia e ministrado pelo SD PM SENA - instrutor PROERD, lotado na 31ª CIPM – Valéria, comandada pelo Maj PM Elias Neves.

CONVIDAMOS A TODOS A PRESTIGIAR A NOSSA FORMATURA.

DIGA NÃO ÀS DROGAS.

3ª FORMATURA PROERD 2011.1 - 07/06/2011

NOSSA FORMATURA

No dia 07/06/11, às 8:30, na Escola Municipal Olga Metting, acontecerá a formatura dos alunos das 5ª série matutino das Escolas Municipal Olga Metting, Municipal Darcy Ribeiro e Municipal Italo Galdenzi, onde os mesmos passaram pelo curso PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas) promovido pela Polícia Militar do Estado da bahia e ministrado pelo SD PM SENA - instrutor PROERD, lotado na 31ª CIPM – Valéria, comandada pelo Maj PM Elias Neves.

CONVIDAMOS A TODOS A PRESTIGIAR A NOSSA FORMATURA.

DIGA NÃO ÀS DROGAS.



2ª FORMATURA PROERD 2011.1 - 26/05/2011

NOSSA FORMATURA

No dia 26/05/11, às 8:30, na Escola Municipal da Palestina, acontecerá a formatura dos alunos das 5ª série matutino das Escolas Municipal Palestina e Escola Municipal Maria Rosa Freire, onde os mesmos passaram pelo curso PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas) promovido pela Polícia Militar do Estado da bahia e ministrado pelo SD PM SENA - instrutor PROERD, lotado na 31ª CIPM – Valéria, comandada pelo Maj PM Elias Neves.

CONVIDAMOS A TODOS A PRESTIGIAR A NOSSA FORMATURA.

DIGA NÃO ÀS DROGAS.



1ª FORMATURA PROERD 2011.1 - 24/05/2011

NOSSA FORMATURA

No dia 24/05/11, às 8:30, na Igreja Universal de Valéria, acontecerá a formatura dos alunos das 5ª série matutino das Escolas Municipal Professor Afonso Temporal, Escola Estadual Dinnah Gonçalves, Escola Batista da Valéria e Escola Estadual Nossa Senhora de Fátima, onde os mesmos passaram pelo curso PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas) promovido pela Polícia Militar do Estado da Bahia e ministrado pelo SD PM SENA - instrutor PROERD, lotado na 31ª CIPM – Valéria, comandada pelo Maj PM Elias Neves.


CONVIDAMOS A TODOS A PRESTIGIAR A NOSSA FORMATURA.

DIGA NÃO ÀS DROGAS.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

CRACK

     
O que é?

O crack é uma mistura de cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio ou amónia e água destilada, que resulta em pequeninos grãos, fumados em cachimbos ( improvisados ou não). É mais barato que a cocaína mas, como seu efeito dura muito pouco, acaba sendo usado em maiores quantidades, o que torna o vício muito caro, pois seu consumo passa a ser maior.
Estimulante seis vezes mais potente que a cocaína, o crack provoca dependência física e leva à morte por sua acção fulminante sobre o sistema nervoso central e cardíaco.



Quais são as reacções do crack? O que ele provoca no organismo?

O crack leva 15 segundos para chegar ao cérebro e já começa a produzir seus efeitos: forte aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremor muscular e excitação acentuada, sensações de aparente bem-estar, aumento da capacidade física e mental, indiferença à dor e ao cansaço. Mas, se os prazeres físicos e psíquicos chegam rápido com uma pedra de crack, os sintomas da síndrome de abstinência também não demoram a chegar.  Em 15 minutos, surge de novo a necessidade de inalar a fumaça de outra pedra, caso contrário chegarão inevitavelmente o desgaste físico, a prostração e a depressão profunda.
Estudiosos como o farmacologista Dr. F. Varella de Carvalho asseguram que "todo usuário de crack é um candidato à morte", porque ele pode provocar lesões cerebrais irreversíveis por causa de sua concentração no sistema nervoso central.


O crack é uma droga mais forte que as outras?

Sim, as pessoas que o experimentam sentem uma compulsão ( desejo incontrolável) de usá-lo de novo, estabelecendo rapidamente uma dependência física, pois querem manter o organismo em ritmo acelerado. As estatísticas do Denarc ( Departamento Estadual de Investigação sobre Narcóticos) indicam que, em Janeiro de 1992, dos 41 usuários que procuraram ajuda no Denarc, 10% usavam crack e, em Fevereiro desse mesmo ano, dos 147 usuários, já eram 20%. Esses usuários, em sua maioria, têm entre 15 e 25 anos de idade e vêm tanto de bairros pobres da periferia como de ricas mansões de bairros nobres.
Como o crack é uma das drogas de mais altos poderes viciantes, a pessoa, só de experimentar, pode tornar-se um viciado. Ele não é, porém, das primeiras drogas que alguém experimenta. De um modo geral, o seu usuário já usa outras, principalmente cocaína, e passa a utilizar o crack por curiosidade, para sentir efeitos mais fortes, ou ainda por falta de dinheiro, já que ele é bem mais barato por grama do que a cocaína. Todavia, como o efeito do crack passa muito depressa, e o sofrimento por sua ausência no corpo vem em 15 minutos, o usuário   usa-o em maior quantidade, fazendo gastos ainda maiores do que já vinha fazendo. Para conseguir, então, sustentar esse vício, as pessoas começam a usar qualquer método para comprá-lo. Submetidas às pressões do traficante e do próprio vício, já não dispõem de tempo para ganhar dinheiro honestamente; partem, portanto, para a ilegalidade: tráfico de drogas, aliciamento de novas pessoas para a droga, roubos, assaltos, etc.

MACONHA


Muito se fala em drogas, mas como saber o que é droga? Tudo depende do objetivo a qual se deseja atingir e as formas de uso. Seria a maconha um mal absoluto ou poderia ser usada para fins benéficos como remédio ou como matéria prima para a indústria textil? Muito tem que se discutir sobre isso. Não podemos agir precipitadamente, mas sabemos de antemão que os efeitos da planta no organismo são avassaladores. Apresentamos aqui uma abordagem técnica da planta e uma análise social do seu uso, bem como seus efeitos no homem.


    Descrição da Planta

Canabis Sativa

Nome: Maconha
Origem do Nome: do Quimbundo* MA’KAÑA, que significa erva santa
Nome Cientifico: Cannabis sativa ( lia-se: kânabis sativa)
Família: Canabáceas
Origem: Àsia Central ou Oriente Próximo
Formas de Uso: Pode ser usada como fumo ou por ingestão
Principio ativo: THC (Tetrahidrocanabiol)
Descrição: Planta arbustiva, possui folhas em forma serrilhada e verdes.
Pode atingir ate 2,50 metros de altura.
Status Legal: proibido uso, trafego e comércio.

* Quimbundo: língua do grupo Banto, falada em Angola.

    Histórico

A maconha (palavra de origem angolana) é uma das drogas extraídas de plantas mais antigas, os registros mais remotos datam de 2723 a.C., quando foi mencionada na Farmacopéia chinesa. Outras informações históricas evidenciam a existência da maconha em uma cerâmica com marcas da fibra do vegetal encontrada há mais ou menos 4.000 a.C. no norte da China central. Difundiu-se gradualmente para a Índia, Oriente médio, chegando a Europa somente nos fins do século XVIII e início do XIX, passando pelo norte da África e atingindo as Américas. Até então, era utilizada principalmente por suas propriedades têxteis e medicinais. Os romanos valorizam a planta principalmente por causa das resistentes cordas e velas para navio produzidas com sua fibra.

Após a viagem de Vasco da Gama, navegadores portugueses introduziram na África e na Ásia o tabaco. Em troca, seus navios trouxeram escravos acostumados a fumar maconha para o Brasil. Aqui ela também foi utilizada para produção de fibras, na mesma época, nos Estados Unidos, George Washington, Thomas Jefferson e fazendeiros importavam da Europa a semente para o plantio. As carroças dos pioneiros na conquista do oeste americano eram protegidas com lonas feitas a partir das fibras da maconha. Navios portugueses, espanhóis, holandeses, franceses e ingleses dependia tanto das velas e cordas de maconha que seus governos espalharam sementes da planta por todo o planeta.

Até o século XX a maconha era mais famosa nas Américas como fibra têxtil e como planta medicinal. De meados do século XIX até os anos 40 a maconha constava na farmacopéia oficial de vários países. Remédios a base de maconha eram disponíveis em qualquer farmácia. No ocidente a maconha começou a ser usada como psicotrópico por escritores e artistas no século XIX, como os poetas franceses Rimbaud e Baudelaire, mas sua utilização restringia-se a pequenos círculos boêmios das grandes cidades e as colônias de imigrantes asiáticos e africanos.

Em meados do século XX, porém, os cientistas identificaram os efeitos colaterais da maconha e seu uso acabou restringido ou excluído nas farmacopéias, sendo proibido por lei em vários países. O consumo da maconha, entretanto, passou a ser disseminado no mundo nos anos 60. A difusão do Rock e de Woodstock, bem como o avanço hippie em muito colaborou para que a maconha se espalhasse pelos Estados Unidos e desde este país fosse dissiminada para o mundo todo.

Seu uso era freqüente entre as classes mais baixas e mais tarde foi difundido entre os jovens de todas as classes. Na década de 1960 a maconha era usada em shows de rock, juntamente com outras drogas e atingiu grande abrangência entre os jovens, sendo inclusive usada por soldados americanos na Guerra do Vietnã. No Brasil a droga é usada principalmente no pela população jovem de classe baixa, média e alta. Nos últimos anos as estatísticas mostram que a maconha está sempre entre as drogas ilícitas mais consumidas pelos jovens estudantes colegiais e universitários.

    Forma de Uso e Outros Narcóticos Derivados da Maconha

Maconha para Fumar
Forma de Maconha para fumar           
A maconha é usada como fumo, das folhas e algumas vezes de flores da planta.Também o haxixe, uma outra forma de narcótico é proveniente da maconha com a diferença de que utiliza a resina que cobre as flores e as folhas da parte superior da planta. É um extrato, e por isso o haxixe é muitas vezes mais potente que a maconha comum.

Aspecto do Haxixe
Haxixe            
Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha, chamada "skunk" ou "supermaconha". O skunk é produzido em laboratório com variedades de cânhamo cultivados no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando um teor de THC ou seja tetrahidrocanabiol, o composto químico responsável princípio tóxico ativo da maconha, de até 33%. Seus efeitos são dez vezes mais potentes que os da maconha comum. No Brasil, o consumo do skunk está crescendo.

Folhas de Maconha
Folhas de Maconha, in natura
Haxixe: droga psicoativa constituída pela resina viscosa e dourada que cobre as folhas da maconha. O efeito máximo da haxixe ocorre 30 minutos após sua absorção, mascado ou fumado.

Skunk: droga psicoativa, derivada da maconha, produzida em laboratório. Contém altas concentrações de THC e efeitos que chegam ser até 10 vezes mais fortes que a maconha comum.

    Princípio Ativo

THC - Princípio Ativo da Maconha    
São mais de 60 substâncias que se encontram presentes na maconha, chamadas pelo nome genérico de canabióides. O tetrahidrocanabiol é a substância preponderante e o principal princípio ativo da maconha. Também é conhecido o delta 9 tetrahidrocanabiol. Sua concentração pode se de 1% a 5% na maconha comum e de até 33% no skunk.

    Como a Maconha Age no Organismo

Pontos de Ação da Droga       Onde a droga aje


1-Cortéx Frontal.
Controla o comportamento.
A euforia tem origem aqui.

2-Núcleo Acumbens
pode sediar o mecanismo
que causa dependência.

3-Hipocampo
É o setor que guarda informações.
Se atingido perde-se a memória.

4-Cerebelo
Responde às alterações
da coordenação motora.
           
Quando um psicotrópico chega ao cérebro, estimula a liberação de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as sensações de prazer. À medida que o uso vai se prolongando, o organismo do usuário tenta se ajustar a esse hábito. O cérebro adapta seu próprio metabolismo para absorver os efeitos da droga. Cria-se, assim, uma tolerância ao tóxico. Desse modo, uma dose que normalmente faria um estrago enorme torna-se em pouco tempo inócua. O usuário procura a mesma sensação das doses anteriores e não acha.
Por isso, acaba aumentando a dose, para uma dose maior para obter o mesmo efeito. A dependência vai assim se agravando continuamente. Como o psicotrópico imita a ação dos neurotransmissores, o cérebro deixa de produzi-los. A droga se integra ao funcionamento normal do órgão. E quando falta o “impostor” químico, o sistema nervoso fica abalado. É o que popularmente se conhece como a síndrome da abstinência da droga.

Os neurotransmissores são substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio a outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico o neurotransmissor normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando indefinidamente os outros neurônios, permitindo que eles possam reagir rapidamente a novas exigências.

As drogas que provocam euforia, como a cocaína, impedem essa reabsorção, de modo que o cérebro fica super-ativado. Não é difícil perceber o estrago que essa intervenção antinatural pode provocar, quando se sabe que num minuto ocorrem trilhões de trocas neuroquímicas no cérebro. Não é sem razão que muitos especialistas em drogas chamam esse estado de "prazer espúrio"... Os especialistas costumam dividir as drogas em dois tipos: leves e pesadas.

Drogas leves são as que causam "dependência psíquica", que significa o desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas pesadas são aquelas que além da dependência psíquica causam também a física, ou seja, a sua falta acarreta uma síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos, que o viciado procura desesperadamente pela droga a fim de aliviar a ânsia de consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem ser considerados como drogas pesadas, apesar de serem socialmente aceitas.

    Efeitos no organismo

Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga.

Os efeitos são os mais diversos possíveis, a seguir listados, estão alguns efeitos e males causados pelo uso da maconha:

A curto prazo, os efeitos comportamentais típicos são:

        período inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento e sonolência).
        quando em grupo, ocorrem risos espontâneos
        (risos e gritos imoderados como reação a um estímulo verbal qualquer).
        perda da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento.
        Pôr exemplo pode parecer ter 50 ou 100 metros).
        coordenação motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
        alteração da memória recente.
        falha nas funções intelectuais e cognitivas.
        maior fluxo de idéias
        pensamento mais rápido que a capacidade de falar,
        dificultando a comunicação oral, a concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
        idéias confusas.
        aumento da freqüência cardíaca (taquicardia).
        hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos).
        aumento do apetite (especialmente por doces) com secura na boca e garganta.


Doses mais altas de podem levar a:

        alucinações, ilusões e paranóias.
        pensamentos confusos e desorganizados.
        despersonalização.
        ansiedade e angústia que podem levar ao pânico.
        sensação de extremidades pesadas.
        medo da morte.
        incapacidade para o ato sexual (até impotência).

A longo prazo, a extensão dos danos, bem caracterizados,
se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular.

        maior risco de desenvolver câncer de pulmão.
        diminuição das defesas, facilitando infecções.
        dor de garganta e tosse crônica.
        aumenta os riscos de isquemia cardíaca.
        percepção do batimento cardíaco.

Observação:
A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno.

    Dados Estatísticos sobre a Maconha

O consumo da maconha começou a subir na década de 1960-70 chegou ao ápice em 1979 depois caiu, voltando a avançar em 1994. Nos EUA em 1992, 4% da população tragava a maconha. Avaliações feitas pela OMS, indica que em 1997 o número de usuários de maconha era de 140 milhões de pessoas. A OMS afirma ainda que o uso da maconha tende a aumentar.

    Recuperação de Viciados

A recuperação de viciados da maconha não se difere muito da forma de recuperação de outros viciados. Acontece ainda que geralmente um viciado em maconha, que é uma droga de poder viciativo moderado, também é viciado em outras drogas como a cocaína e álcool.

A dependência é considerada como doença, e cada caso é um caso único a ser tratado. As atividades de recuperação de viciados concentram-se em clinicas especializadas, onde o viciado não tem contato com a droga. Em clínicas especializadas os doentes passam por uma análise histórica e depois são tratados e acompanhados por psicólogos, psiquiatras e médicos. Há também as clínicas localizadas no campo em forma de comunidades. Ali os viciados estão em contato com outros viciados com o mesmo problema.

Os viciados tem acompanhamento médico e religioso, e se curam conforme eles mesmo dizem, pela força da fé. Nas clínicas campestres pessoas em recuperação passam por aconselhamento e são instruídos a trabalhar em atividades agrícolas.

Muitos trabalhos dessa forma tem conseguido bons resultados, como por exemplo a comunidade Betânia em Santa Catarina e a comunidade do Padre Aroldo. Há também os que procuram em igrejas evangélicas de diferentes denominações para se livrar do vício e obtém resultados positivos.


    Conclusão

É impossível dizer que a maconha não faz mal. É um vício, considerado por muitos como doença. Quem está vendo de fora pouco sabe sobre ela. Quem já viveu uma experiência com maconha tem outra visão. Por melhor que seja o prazer causado pela inalação de um cigarro feito de maconha ele com certeza não trará bons resultados no futuro.

A maconha chega ate o usuário pelo traficante, que repassa a droga a um conhecido, que por sua vez oferece a um não viciado. Ai está a dinâmica de iniciação do novo viciado, em geral fumante. São inúmeras as consequências maléficas do uso da maconha, que vão desde baixo rendimento nos estudos até alterações hormonais. O vício sempre é mais forte e pensando no prazer ou por vício o usuário ser esquece das consequências a longo prazo e reincide novamente.

Então é correr atrás do prejuizo, tentar se livrar do vício da maconha, que geralmente leva a outros vícios, pois onde há maconha quase sempre também há outras drogas. Do ponto de vista técnico, a maconha age no cérebro alterando sua função, causando várias conseqüências. Há portanto muita coisa a dizer e se fazer para se minimizar o uso da maconha. Devemos começar por entender como ela age e seus efeitos.Instruir as novas gerações para que não caiam no vicio.